ESTE BLOG TEM A FINALIDADE DE DIVULGAR A IMPORTÂNCIA E A VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS QUE ESTÃO NO ESPECTRO DO AUTISMO, MAS QUE, COM SABEDORIA, NOS ENSINAM A SENTIR E VER O MUNDO DE FORMA DIFERENTE!
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AUTISMO: UMA BELA HISTÓRIA
http://www.hypeness.com.br/2013/02/menina-revela-pela-primeira-vez-como-e-estar-por-tras-dos-olhos-de-um-autista/
Edital de Convocação para Eleição da Nova Diretoria
ATENÇÃO ASSOCIADOS:
Edital de convocação para a eleição da próxima diretoria da Apadem, a se realizar no dia 27 de Junho de 2013.
Publicado no Jornal Foco Regional.
Associado da Apadem, vote e contribua com a sua Associação!
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terça-feira, 11 de junho de 2013
Vencedores do VIII PRÊMIO ORGULHO AUTISTA 2012/2013
VIII PRÊMIO ORGULHO AUTISTA 2012/2013
Anualmente, desde 2005, são premiadas pessoas, entidades e organizações, escolhidas através de votação realizada pelos membros do Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista.
O Prêmio Orgulho Autista visa destacar aqueles que direta ou indiretamente contribuíram significativamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas diagnosticadas autistas e suas famílias.
A entrega do Prêmio Orgulho Autista é realizada, tradicionalmente, nos estúdios da Rádio Nacional, em Brasília. Neste ano de 2013, os vencedores receberão a premiação no dia 17 de junho, véspera do Dia do Orgulho Autista, quando deverão conceder uma entrevista pessoalmente ou por telefone, das 10h às 12h, com transmissão ao vivo para todo o território nacional.
Muito obrigado.
Fernando Cotta
Presidente
Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista
VENCEDORES DO VIII PRÊMIO ORGULHO AUTISTA 2012/2013
I- Livro Destaque:
AUTISTA COM MUITO ORGULHO - A SÍNDROME VISTA PELO LADO DE DENTRO
AUTOR:CRISTIANO CAMARGO, SÃO PAULO: EDITORA VERVE, 2012
_______________
II - Diretor e Escola Destaque:
SANDRA SOUZA
SITIO ESCOLA MUNICIPAL ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO DO AUTISTA(SEMEIA)
VOLTA REDONDA / RJ
________________
III - Professor Destaque:
ADRIANA DA COSTA
COLÉGIO DE APLICAÇÃO (UFSC)
FLORIANÓPOLIS / SC
________________
IV - Médica Destaque
SIMONE PIRES
MÉDICA DAN
SÃO PAULO
________________
V - Psicóloga Destaque
JOANA TEIXEIRA PORTOLESE
AUTISMO & REALIDADE
SÃO PAULO
________________
VI - Político Brasileiro Destaque
MARA GABRILLI – DEPUTADA FEDERAL
SÃO PAULO
________________
VII - Imprensa Rádio Destaque
CAROLINA MORAND – RÁDIO CBN – EM 02/04/2012
http:// cbn.globoradio.globo.com/ programas/cbn-total/2012/04/02/ NUMERO-DE-CASOS-DE-AUTISMO-DIAG NOSTICADOS-EM-CRIANCAS-AUMENTA -23-ENTRE-2006-E-2008.htm
________________
VIII - Imprensa Televisão Destaque
LEDA NAGLE
TV BRASIL – PROGRAMA SEM CENSURA
http://www.youtube.com/ watch?v=LS4vCDKDUQ0
RIO DE JANEIRO
_______________
IX - Imprensa Escrita - Revista Destaque
CAROLINA SAMORANO – REVISTA DO CORREIO - EDIÇÃO DE 21/10/2012
MATÉRIA: O BRILHO DE UM MUNDO PARTICULAR
http:// www.correiobraziliense.com.br/ app/noticia/revista/2012/10/21/ interna_revista_correio,328867/ o-brilho-de-um-mundo-particular .shtml
BRASÍLIA
________________
X - Imprensa Escrita - Jornal Destaque
ALISSON COELHO – JORNAL ZERO HORA EDIÇÃO DE 19/06/2012
MATÉRIA: COMUNHÃO DE ADOLESCENTE COM AUTISMO CAUSA POLÊMICA
http:// zerohora.clicrbs.com.br/rs/ geral/noticia/2012/06/ comunhao-de-adolescente-com-aut ismo-causa-polemica-em-bom-pri ncipio-3795483.html
PORTO ALEGRE-RS
________________
XI - Imprensa Fotografia/ Arte Destaque
RICARDO JARDIM
DESIGNE - CRIADOR DO LOGOTIPO DIA DO ORGULHO AUTISTA
_________________
XII - Internet Destaque
CÍNTIA LEÃO SILVA
http:// orgulhoautistadf.blogspot.com.b r/
SÃO PAULO
________________
XIII - Pessoa e Organização Não-Governamental Destaque
BERENICE PIANA DE PIANA
GRUPO DE PAIS MUNDO AZUL
RIO DE JANEIRO
________________
XIV - Pessoa e Órgão Público ou Empresa Privada Destaque
MAURO CAMPBELL MARQUES
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
MANAUS/AM
________________
XV - Atitude Destaque
ALYSSON R. MUOTRI
BIÓLOGO E PESQUISADOR
EUA
Anualmente, desde 2005, são premiadas pessoas, entidades e organizações, escolhidas através de votação realizada pelos membros do Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista.
O Prêmio Orgulho Autista visa destacar aqueles que direta ou indiretamente contribuíram significativamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas diagnosticadas autistas e suas famílias.
A entrega do Prêmio Orgulho Autista é realizada, tradicionalmente, nos estúdios da Rádio Nacional, em Brasília. Neste ano de 2013, os vencedores receberão a premiação no dia 17 de junho, véspera do Dia do Orgulho Autista, quando deverão conceder uma entrevista pessoalmente ou por telefone, das 10h às 12h, com transmissão ao vivo para todo o território nacional.
Muito obrigado.
Fernando Cotta
Presidente
Conselho Brasileiro do Prêmio Orgulho Autista
VENCEDORES DO VIII PRÊMIO ORGULHO AUTISTA 2012/2013
I- Livro Destaque:
AUTISTA COM MUITO ORGULHO - A SÍNDROME VISTA PELO LADO DE DENTRO
AUTOR:CRISTIANO CAMARGO, SÃO PAULO: EDITORA VERVE, 2012
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II - Diretor e Escola Destaque:
SANDRA SOUZA
SITIO ESCOLA MUNICIPAL ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO DO AUTISTA(SEMEIA)
VOLTA REDONDA / RJ
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III - Professor Destaque:
ADRIANA DA COSTA
COLÉGIO DE APLICAÇÃO (UFSC)
FLORIANÓPOLIS / SC
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IV - Médica Destaque
SIMONE PIRES
MÉDICA DAN
SÃO PAULO
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V - Psicóloga Destaque
JOANA TEIXEIRA PORTOLESE
AUTISMO & REALIDADE
SÃO PAULO
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VI - Político Brasileiro Destaque
MARA GABRILLI – DEPUTADA FEDERAL
SÃO PAULO
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VII - Imprensa Rádio Destaque
CAROLINA MORAND – RÁDIO CBN – EM 02/04/2012
http://
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VIII - Imprensa Televisão Destaque
LEDA NAGLE
TV BRASIL – PROGRAMA SEM CENSURA
http://www.youtube.com/
RIO DE JANEIRO
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IX - Imprensa Escrita - Revista Destaque
CAROLINA SAMORANO – REVISTA DO CORREIO - EDIÇÃO DE 21/10/2012
MATÉRIA: O BRILHO DE UM MUNDO PARTICULAR
http://
BRASÍLIA
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X - Imprensa Escrita - Jornal Destaque
ALISSON COELHO – JORNAL ZERO HORA EDIÇÃO DE 19/06/2012
MATÉRIA: COMUNHÃO DE ADOLESCENTE COM AUTISMO CAUSA POLÊMICA
http://
PORTO ALEGRE-RS
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XI - Imprensa Fotografia/ Arte Destaque
RICARDO JARDIM
DESIGNE - CRIADOR DO LOGOTIPO DIA DO ORGULHO AUTISTA
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XII - Internet Destaque
CÍNTIA LEÃO SILVA
http://
SÃO PAULO
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XIII - Pessoa e Organização Não-Governamental Destaque
BERENICE PIANA DE PIANA
GRUPO DE PAIS MUNDO AZUL
RIO DE JANEIRO
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XIV - Pessoa e Órgão Público ou Empresa Privada Destaque
MAURO CAMPBELL MARQUES
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
MANAUS/AM
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XV - Atitude Destaque
ALYSSON R. MUOTRI
BIÓLOGO E PESQUISADOR
EUA
Os Parabéns da Apadem para a Diretora Sandra Souza e o SEMEIA, por serem os destaques como Diretor/Escola.
18 de Junho Dia do Orgulho Autista
"18 de Junho Dia do Orgulho Autista"
"18 de Junho Dia do Orgulho Autista"
A iniciativa de instituir o Dia do Orgulho Autista é da instituição Aspies for Freedom, fundada em junho de 2004, que luta pelos direitos civis dos autistas e mantém um site com fóruns sobre o transtorno do autismo e os demais transtornos de espectros autistas. O objetivo do grupo, além da luta pelos direitos do portador de autismo, é informar e educar o público em geral sobre o assunto e dar apoio às famílias de autistas.
No primeiro ano de celebração, em 2005, o tema escolhido foi "Aceitação; não cura". Foi realizada uma parada em Seattle, Washington (EUA), e ficou decidido que haveria um tema para cada ano, com objetivo de chamar a atenção da população em geral, reforçar os direitos dos autistas e combater todas as formas de discriminação contra os portadores desse transtorno.
A exemplo dos anos anteriores, várias universidades, governos, prefeituras e instituições promovem eventos como palestras, debates e caminhadas para celebrar a data. Essas instituições, tanto no Brasil como no exterior, destacam outros objetivos e temas do evento, como: desmistificação sobre o autismo; definições do transtorno; dificuldades e preconceitos; convivência em sociedade; intervenções terapêuticas; intervenções medicamentosas; o cotidiano do autista; depoimentos de pais, responsáveis e terapeutas; propostas pedagógicas; lacuna na formação acadêmica dos profissionais especializados; acessibilidade; propostas de políticas públicas; desafios da educação inclusiva; e metas para a divulgação e conscientização da população.
Várias entidades no Brasil se encarregam de cuidar e de acolher pessoas com transtorno autista e suas famílias, além de divulgar ações sobre o assunto.
Desde 18 de junho de 2005, 1ª edição do evento mundial denominado "Dia do Orgulho Autista" aqui no Brasil, Fernando Cotta e um grupo formado por pais, familiares e amigos de pessoas autistas passaram a atuar de diversas formas, com ações visando o bem-estar de indivíduos com autismo e de suas famílias. Dessa forma, diversos modos de demonstrar as necessidades das pessoas autistas no Brasil foram efetivamente realizados por esse grupo. Por decisão dos integrantes da entidade, o 1º Prêmio Orgulho Autista 2005, foi criado para premiar e apontar, de forma inédita no Brasil, os destaques no ano referido, em diversas áreas e categorias.
18 JUNHO 2012 - DIA DO ORGULHO AUTISTA
8ª edição mundial
8ª edição mundial
Sessão Solene Câmara Legislativa do Distrito Federal
Veja a publicação de Edições Anteriores dos eventos do MOAB
para o Dia do Orgulho Autista no Brasil.
18 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO ORGULHO AUTISTA
O dia 18 de junho passou, a partir deste ano, a ser comemorado como o Dia Mundial do Orgulho Autista. A iniciativa para a comemoração partiu da organização americana Aspies for Freedom. A cada ano o evento terá um tema novo. Neste primeiro ano do evento o tema foi "Aceitação, Não Cura". Em Seattle e Washington, nos Estados Unidos, o dia foi comemorado com uma parada. No Brasil, mais especificamente em Brasília, um grupo de pais, familiares e amigos de pessoas autistas aderiu ao movimento. O grupo mobilizou pessoas da sociedade civil e de órgãos públicos para levar informações sobre a síndromeà toda população.
"Este dia é uma celebração da neurodiversidade dos indivíduos do espectro autista, para promover o conceito de que aqueles identificados como autistas não sofrem de um mal patológico, assim como quem tem a pele escura não sofre de uma doença de pele", disse Fernando Cotta, pai de um filho autista e um dos organizadores do evento, em Brasília. Os defensores do Orgulho Autista acreditam que a noção de pureza racial, em termos de raça humana como um todo, permeia a ciência médica, a qual parece refletir uma crença de que todo o cérebro humano seria idêntico.
Participantes do Dia Mundial do Orgulho Autista
De acordo com Cotta, os defensores do orgulho autista afirmam ainda que a noção de que haveria uma estrutura ideal e, por isso, desejável para o cérebro humano leva muitos praticantes da psiquiatria a assumir que qualquer desvio requer uma "cura" para conformar à norma neurotípica. "Acreditam que, no mínimo, deveria haver maior respeito para com os membros da comunidade autista como indivíduos únicos."
No Distrito Federal, os organizadores do evento receberam o apoio da Polícia Rodoviária Federal e do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais para realizar as atividades. Pais e familiares de pessoas autistas passaram o dia entregando panfletos, informando e alertando a população sobre questões que envolvem o tema. "A intenção é educar o público em geral para acabar com a ignorânciapara com as questõesque envolvem a comunidade autista", avisa Cotta.
Fernando Cotta e a Presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, Lídia da Mata
Segundo os organizadores do evento de comemoraçãodo Dia Mundial do Orgulho Autista, o acontecimento foi um verdadeiro sucesso. Leia a seguir a entrevista que Fernando Cotta concedeu ao site Sentidos
Sentidos: De quem foi a iniciativa de comemorar o Dia do Orgulho Autista, em Brasília?
Cotta: Eu e minha esposa Adriana Cotta costumamos pesquisar com freqüência, assuntos que abordam a temática do autismo dentro e fora do nosso país. Numa dessas pesquisas, encontramos um grupo de pais de vários países da Europa e dos Estados Unidos que estavam realizando preparativos para o Dia Mundial do Orgulho Autista. Como não vimos nada semelhante no Brasil, mais especificamente, em Brasília resolvemos organizar o evento com a finalidade de divulgar para a sociedade parte da luta pela causa autista.
Sentidos: Vocês contaram com a ajuda de alguém para realizar o evento?
Cotta: Sim. Buscamos o apoio de alguns órgãos e pessoas da sociedade civil. A maioria era parente de crianças autistas de Brasília. Elas gostaram da idéia e também se empenharam para a realização do evento. Não consegui apoio de muitas entidades e órgãos públicos. Encontrei algumas portas fechadas, que no próximo ano lutarei para tentar abrí-las. Por outro lado, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal abriu uma porta muito maior, colocando todos os policiais à nossa disposição. Outro apoio importante foi do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, que soube do evento um dia antes e providenciou uma série de protocolos de bastidores que propiciou maior conforto para nós, realizadores do evento. Ficamos muito gratos a presidente do Sindicato, Lídia da Mata. A ajuda da Polícia Militar do Distrito Federal, também foi de extrema importância.
Sentidos: Qual foi o resultado dessa mobilização?
Cotta: Acredito que conseguimos atingir os nossos objetivos, que eram o de divulgar e alertar a sociedade brasileira sobre as questões que envolvem o autista. É fundamental a detecção do autismo o mais cedo possível, de preferência antes dos 18 meses de vida. O diagnóstico precoce possibilita o uso de terapias com melhores chances de se obter resultados positivos no desenvolvimento da criança com síndrome do autismo.Os organizadores do evento entregam folhetos e orientam os motoristas sobre a síndrome do autismo Sentidos: Como o autismo é abordado no Brasil? Cotta: Infelizmente o Brasil não trata devidamente as questões ligadas ao autismo. Percebo isso com relação à prevenção, diagnóstico, tratamento e pesquisas. Lamentavelmente quem mais sofre são os mais pobres que ficam a mercê dos governos estaduais e o federal. Há pouco tempo ouvi falar de um autista que iria fazer uma lobotomia. A esta altura já deve ter feito. Esse fato é uma tristeza que carregarei nos ombros pelo resto de minha vida, por não poder fazer nada para ajudara família dessa pessoa com iformações corretas sobre o autismo. Muitas vezes nem o pediatra sabe diagnosticar o autismo. Inclusive, isso aconteceu com nossa família. Em países como os Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e a maioria dos países desenvolvidos da Europa o autismo é muito mais discutido.
Sentidos: Como você espera que o Dia Mundial do Orgulho Autista seja consolidado nos próximos anos?
Cotta: Os defensores do Orgulho Autista lembram que a homossexualidade já foi classificada como uma forma de doença mental que poderia ser tratada medicamente com terapia hormonal de redução da libido. Só o movimento pelos direitos gays, buscando a meta da tolerância social com a diversidade de orientação sexual fez tal classificação se tornar obsoleta. Uma das mais constantes expressões desse movimento é "orgulho gay". O Dia do Orgulho Autista espera dar início ao mesmo processo de educação e ativismo, com as metas de promover os direitos humanos básicos dos autistas. Criar um lugar válido para a voz e os talentos desses indivíduos na sociedade moderna. |
AUTISTA COTADO PARA UM DIA LEVAR O NOBEL
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/05/menino-autista-genio-da-fisica-cotado-para-um-dia-levar-nobel.html
AUTISMO: UMA BELA HISTÓRIA
Uma sensação de estar dentro de um corpo que você não pode controlar. Segundo Carly Fleischmann, é assim que o autismo a faz sentir. Essa foi apenas uma das revelações sobre o que passa por detrás da mente autista que Carly conseguiu revelar.
A sua história é a seguinte: durante os primeiros 11 anos de sua vida, ela vivia grande parte do tempo imersa em seu universo particular. O diagnóstico de que ela era autista foi confirmado quando tinha 2 anos de idade. Os médicos explicavam que o autismo a impossibilitaria de se comunicar e de ter uma vida normal, além de dizer para os pais da menina que ela tinha um atraso mental que a permitiria chegar somente ao desenvolvimento de uma criança de 6 anos.
No entanto, seu pai sempre soube que ela estava ali, perdida atrás daqueles olhos. Até que um dia, Carly subitamente se sentou no computador e digitou letras que formaram a palavra HURT (dor, em inglês), seguida de HELP (socorro, em inglês). Ela nunca tinha escrito nada na vida antes. Os pais de Carly então a incentivaram a se comunicar novamente. Se ela quisesse algo, teria que digitar o pedido. Alguns meses se passaram até que ela compreendesse que se quisesse ser atendida, teria que digitar seu pedido.
Quando ela chegou aos terapeutas, ansiosos por avaliar aquele comportamento raro, as primeiras coisas que digitou foi: “Eu tenho autismo, mas isso não é quem sou. Gaste um tempo para me conhecer antes de me julgar.”
A partir daí, Carly começou a fazer algo inédito: revelar as explicações por trás de seu universo único. Ela começou então a explicar mistérios por trás do seu comportamento de balançar os braços violentamente, de bater a cabeça nas coisas ou de querer arrancar as roupas:“Se eu não fizer isso, parece que meu corpo vai explodir. Se eu pudesse parar eu pararia, mas não tem como desligar. Eu sei o que é certo e errado, mas é como se eu estivesse travando uma luta contra o meu cérebro.”
Eis algumas outras revelações sobre o universo autista feitas por Carly:
- A sensação que a obriga a agitar os braços freneticamente é de formigamento ou do braço pegando fogo;
- Ela às vezes tapa os ouvidos e olhos para bloquear a entrada de informações em seu cérebro. É como se ela não tivesse controle e tivesse que bloquear o exterior para não ficar sobrecarregada.
- Ela diz que é muito difícil olhar para o rosto de uma pessoa. É como se tirasse milhares de fotos ao mesmo tempo, é informação demais para processar.
Mas não parou por aí: hoje ela tem twitter e facebook, onde conversa com pessoas e responde diversas dúvidas sobre o autismo. Com ajuda do pai, ela escreveu um livro chamado Carly’s Voice. Ela também contribuiu com informações para a criação de um site que simula a sua experiência diária com toda a descarga sensorial que recebe em situações cotidianos, como ir a um café. Veja como um autista se sente apertando o play abaixo:
Se gostou da história, veja também a resposta de Carly para perguntas de várias pessoas que vivem com parentes ou amigos autistas, e que tiveram a primeira chance de entender um pouco do universo deles:
- Meu filho de seis anos fica triste e chora com frequência, e eu não consigo entender o porquê. Você tem alguma sugestão de como eu posso descobrir o que está errado?
Carly: Pode ser muitas coisas. Será que ele está tomando algum medicamento? Eu tive muitas mudanças extremas de humor, como chorar e sentir raiva sem motivo, por causa da medicação. Também poderia ser algo que aconteceu mais cedo ou dias atrás e que ele está processando apenas agora.
- Alguma vez você gritou aparentemente sem motivo? Por exemplo, você parecia feliz e relaxada, mas de repente começou a gritar? Minha filha faz isso às vezes e eu estou tentando descobrir o porquê.
Eu amo esta pergunta. Ela está fazendo uma filtragem dos sons e quebrando os ruídos e conversas que tem ouvido ao longo do dia. [O cérebro dos autistas funciona de maneira diferente e se sobrecarrega com estímulos externos, como sons, luzes, imagens e cheiros. Gritar, tapar os ouvidos, fazer ruídos ou movimentos repetitivos, segundo Carly, são uma forma de bloquear esses estímulos e se concentrar em apenas um]. Além dos gritos, você pode nos ver chorando ou rindo, tendo convulsões e até manifestando raiva. É a nossa reação ao, finalmente, entender as coisas que foram ditas e feitas no último minuto, dia ou até mês passado. Sua filha está bem.
- Será que você poderia me dizer por que meu filho de quatro anos de idade (que tem autismo) grita no carro cada vez que paramos em um semáforo. Ele está bem e feliz enquanto o carro se move, mas, uma vez que paramos, ele grita e faz uma birra incontrolável.
Eu amo longas viagens de carro, elas são uma ótima forma de estímulo sem você precisar fazer nada. O movimento do carro e cenário visual passando por ele permite que você bloqueie qualquer outra entrada sensorial e se concentre em apenas uma. Meu conselho é colocar uma cadeira de massagem no banco do carro. Assim, quando ele parar, seu filho ainda estará sentindo o movimento. Você pode também colocar um DVD mostrando um cenário em movimento.
- Você pode descrever como se sente por dentro? Você acha que é diferente de crianças que não têm autismo?
O problema é que eu não sei o que as outras crianças sem autismo estão sentindo. Eu tenho lutas comigo todos os dias, desde que acordo até a hora de ir dormir. Não posso nem ir ao banheiro sem dizer a mim mesma para não pegar o sabonete e cheirá-lo ou sem lutar comigo mesma para não esvaziar todos os frascos de xampu.
- Existem coisas que você considera mais desafiadoras, como abotoar sua roupa ou cortar a comida com uma faca? Por que você acha que não pode fazer esse tipo de coisa? O que acha que poderíamos fazer para ajudar?
Algumas coisas eu acho que posso fazer, mas é preciso muita concentração para isso. Ficar sentada e digitar é algo muito avassalador para mim – eu preciso fazer pausas e dizer a mim mesma para fazê-lo. Eu não acho que as pessoas realmente sabem como é difícil. Parece tão fácil para todo mundo, mas é como falar três línguas ao mesmo tempo.
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