COMO REDUZIR A ANSIEDADE DE CRIANÇAS AUTISTAS?
A criança autista pode ter uma vida completamente normal. O que mais
contribui para que ela tenha uma rotina com atividades interessantes e com
muito aproveitamento é o fato de o pequeno poder ser estimulado diariamente. No
entanto, é importante saber que a criança com espectro autista pode apresentar algumas características comuns à sua situação e a
ansiedade é um desses aspectos. A pergunta que muitos pais e profissionais
fazem é como diminuir isso entre os autistas infantis.
Qual a incidência
de ansiedade em crianças autistas?
Estima-se que esse quadro se apresente em 30% dos casos em crianças, com
uma variação que pode chegar a 40% (segundo algumas estatísticas). A ansiedade pode ser considerada uma comorbidade,
que é um transtorno decorrente do espectro autista.
Quais são as
características de uma criança autista com quadro de ansiedade?
Normalmente, o pequeno pode revelar alguma fobia social, fobia
específica (medo excessivo de algum animal ou até barulho, por exemplo);
comportamento arredio diante de pessoas desconhecidas. Ou então, a criança
demonstra algum transtorno que se assemelhe a uma síndrome do pânico.
Importante saber!
Você sabia que animais de estimação fazem bem para crianças autistas? Pois é justamente isso que sugere
uma pesquisa realizada pela Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. Os
pesquisadores reuniram 38 crianças autistas e 76 que não apresentam o
transtorno. Durante o estudo, todos os participantes colocaram um aparelho
eletrônico no pulso com o objetivo de detectar respostas físicas a situações de ansiedade e
interação social.
O próximo passo do levantamento consistiu em pedir às crianças que
lessem sozinhas um livro, pelo menos as que têm facilidade com a leitura, para
que depois pudessem ler para outras duas crianças. Posteriormente, elas
deveriam brincar por 10 minutos. O último passo era brincar por mais esse
tempo, mas agora com um porquinho-da-índia.
O resultado foi o seguinte: as crianças com autismo mostraram níveis de
ansiedade mais elevados que as demais nas três primeiras situações. O quadro só
foi modificado quando o porquinho-da-índia apareceu na brincadeira dos
pequenos. A ansiedade diminuiu consideravelmente. O estudo concluiu, então, que
a presença de animais ajudou a criança na interação social.
Quais são as
brincadeiras que reduzem a ansiedade de crianças autistas?
Nunca é demais relembrar que a criança autista precisa de um tempo muito
delimitado para iniciar, permanecer e encerrar a brincadeira. No entanto, há
muitas atividades que a induzem ao exercício de coordenação motora e no relaxamento. Exemplos:
- Desenhos
feitos com tinta guache ou outros materiais;
- Atividades
com massinhas;
- Jogos
digitais;
- Bolinhas
coloridas;
- Companhia
de um animal de estimação (sobretudo aqueles que não sejam tão
barulhentos);
- Quando
a criança autista tem irmãos, eles podem ser excelentes aliados no
desenvolvimento da interação social;
- Em
sala de aula, os educadores podem estimular brincadeiras que aproximem as
crianças.
É sempre muito bom saber que os pequenos podem ter uma vida
completamente normal, a partir do momento em que há pessoas para auxiliarem-nos
em atividades diversas. Lembre-se que é importante ter muito carinho e atenção
para que eles possam desenvolver confiança em todos que fazem parte de seu
convívio
Como diferenciar TDAH de Dislexia?
Nem sempre quem tem uma criança com TDAH ou
dislexia sabe lidar com determinadas características. Há pessoas que não sabem,
inclusive, que uma criança pode apresentar estes dois transtornos de
desenvolvimento. É importante saber que essas duas condições podem coexistir, o
que todos devem saber com total certeza e acabar com as dúvidas em relação a
isso.
Semelhanças entre
TDAH e Dislexia
Antes de falarmos sobre as principais diferenças
entre o TDAH e a dislexia, o que vocês acham de pontuarmos as semelhanças
entre estes dois quadros? Pois é, embora tais transtornos apresentem itens que
distanciem um do outro, eles também mostram uma aproximação em alguns pontos.
Veja abaixo:
·
O TDAH e
a dislexia têm em comum o transtorno de desenvolvimento;
·
Eles
afetam e levam a sintomas que atrapalham a interação social e o desempenho
acadêmico (afeta o aprendizado escolar);
·
Os
transtornos podem se manifestar dos primeiros anos à vida adulta;
·
As duas
condições aumentam o risco de depressão, transtorno de ansiedade e suicídio;
·
Podem
afetar a capacidade da criança de se apropriar a capacidade da leitura e
escrita, mas em graus completamente distintos (a dislexia costuma ser muito
mais severa neste quesito).
Diferenças
Agora sim falaremos sobre as diferenças
existentes entre o TDAH e a dislexia. É interessante colocarmos tudo de
forma muito bem explicada a fim de que vocês, pais e educadores, procurem ajuda
com especialistas. Podemos adiantar nesta categoria das diferenças que o TDAH é mais brando que a dislexia, mas isso, é claro, não elimina a
necessidade de um acompanhamento adequado. Vamos às diferenças entre um e
outro?
·
Enquanto
a dislexia leva a uma dificuldade severa para a percepção de letra e som, a
criança com TDAH que apresenta esse quadro fica entre 20% e 30%. Isso se deve
ao aspecto oscilante que tal dificuldade é manifestada no TDAH;
·
Outra
diferença entre uma criança que apresenta dislexia e outra que tenha TDAH é o
déficit fonológico (reconhecimento e manipulação do som – palavra e fala),
principalmente no que diz respeito à identificação de um objeto e ao
discernimento. No caso do disléxico, esse quadro é mais sério; enquanto com a
pessoa que manifesta o TDAH, a situação se mostra muito mais branda,
principalmente quando a criança conta com o auxílio de uma intervenção;
·
Entre os
transtornos de desenvolvimento estudados, podemos falar também que a pessoa que
tem dislexia demonstra dificuldade de memorização de atividade verbal (letras,
palavras e números). Já no TDAH, a criança apresenta apenas a dificuldade na
memorização não verbal (espacial);
·
A criança
com dislexia não consegue também memorizar canções e perceber rimas. Aquelas
com TDAH não demonstram esse quadro;
·
Entre a
prova oral e escrita, o disléxico consegue se sair muito bem na primeira, mas
não na segunda. A criança com TDAH consegue dominar as duas;
·
Enquanto
a criança com dislexia tem dificuldades para memorizar tabuada, discernir entre
direita e esquerda e até ver as horas em um relógio analógico; a pessoa com
TDAH não demonstra isso;
Tratamento
multidisciplinar
É imprescindível que pais ou responsáveis pela
criança saibam identificar alguns desses sinais, mas
isso é possível também com a contribuição dos educadores. O papel da escola é
fundamental para esses casos, principalmente no caso do pequeno com dislexia.
No entanto, é importante que outros profissionais
também estejam por dentro do caso da criança. O tratamento é multidisciplinar e
conta com especialistas que ajudarão muito no desenvolvimento do pequeno, e até
mesmo do adulto, que tem dislexia ou TDAH.
Características de jovens e crianças com TDAH
Quem convive com uma criança e jovem que tenha TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção) sabe que o tratamento diário requer atenção
a mais. No entanto, mesmo o contato diário com elas pode suscitar algumas dúvidas
por parte de pais e profissionais.
Para começo de conversa é importante dizer que nem
todo TDAH apresenta hiperatividade, mas uma regra
entre eles é a desatenção. Isso significa uma grande importância para a equipe
médica ou pedagógica que avaliará o jovem e a criança. Lembre-se que informação
é tudo, além de ajudar na busca do melhor tratamento.
Importante saber
O TDAH é um transtorno neurobiológico, genético,
hereditário. Isso significa que o transtorno identificado na criança pode vir
do pai ou da mãe; de um primo ou de uma tia. O TDAH também encontra em fatores
ambientais motivos para sua ocorrência, a saber: nascimento com baixo peso,
bebês prematuros ou mãe que fuma durante a gravidez.
O uso de outras drogas, inclusive o álcool, também
pode influir no aparecimento do transtorno em crianças. Portanto, todo cuidado
é pouco no período da gestação e o acompanhamento médico é fundamental.
TDAH em dois tipos
O TDAH apresenta dois tipos distintos, com um
detalhe importante: o TDAH combinado é aquele em que a criança
apresenta a hiperatividade, a impulsividade e o déficit de atenção. Já o TDAH
desatento é caracterizado quando a criança demonstra apenas a falta de
atenção.
Em que idade o TDAH
pode se manifestar?
O TDAH se manifesta, geralmente, antes dos 7 anos
de idade. Em 95% delas, o transtorno se revela antes dos 12 anos. É importante
salientar que o TDAH ocorre na fase dedesenvolvimento da criança.
Alguns dados sobre
o TDAH
O transtorno afeta 6% das crianças (ou 11% em
algumas estatísticas) e 3% dos adultos. O déficit de atenção traz grandes
prejuízos à criança no que diz respeito o aprendizado. Importante ressaltar que
80% das crianças com o transtorno têm grandes chances de continuar TDAH na
adolescência. Da adolescência para a fase adulta, esse número vai para 50%.
Características
O TDAH se constitui por uma excessiva dificuldade
em manter o foco em uma atividade que exija esforço mental prolongado; uma
atividade que precise ser desempenhada com regras, prazos pré-determinados.
Além disso, crianças com déficit de atenção têm dificuldade para começar e
terminar suas tarefas.
Outra dificuldade é a de rever situações e erros;
dificuldade de fazer conclusões, síntese e análise de atitude. As crianças
com TDAH tendem a ser mais esquecidas, desorganizadas e perdem-se em
tarefas. Além disso, há mais características:
– Tendem a ter rendimentos escolares e rotineiros
mais baixos;
– Podem ser completamente introspectivas;
– Problema de memorização, capacidade de
organização e interiorização de conceitos e aprendizagens;
Diagnóstico tardio
é sempre prejudicial
Procurar o diagnóstico muito tarde pode provocar
lacunas consideráveis no processo de aprendizagem de leitura e
matemática. Isso, certamente, causará dificuldades preocupantes na vida
acadêmica do aluno.
E na escola?
Em sala de aula, é importante saber e conhecer o
diagnóstico. É importante o pedagogo saber se a criança está sendo devidamente
medicada. Depois, é imprescindível melhorar a didática (de forma objetiva),
alterar o tom de voz, ensinar de maneira interessante; tudo para que ela se
sinta recompensada pelo processo de aprendizagem.
Tratamento adequado
A criança precisa ser avaliada de maneira global e
interdisciplinar para que os profissionais vejam se há outras comorbidades e,
assim, propor uma intervenção adequada para o devido tratamento.