Publicado em 18 de maio de 2018
Você já ouviu falar de Transtorno do Espectro do Autismo?
Você sabe o que é este transtorno?
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição de base neurológica que afeta as habilidades sociais, a comunicação e o comportamento de uma criança.
Como a maioria das crianças com TEA tem um desenvolvimento neurológico igual das outras crianças, isto é, irá sentar, engatinhar e andar na hora certa, você pode não perceber os atrasos nas habilidades sociais e de comunicação imediatamente, que é onde estas crianças apresentam maiores dificuldades.
Depois de diagnosticado o TEA, olhando para trás, muitos pais podem se lembrar das primeiras diferenças de interação e comunicação que passaram desapercebidas.
Os sintomas de TEA podem mudar à medida que as crianças ficam mais velhas e com algum tipo de intervenção. No entanto, como muitas crianças com autismo se desenvolvem, mas podem ter outras questões ou diagnósticos de um desenvolvimento, aprendizado, linguagem ou comportamento diferente. Outros, embora não sejam muito comuns, podem melhorar tanto que já não podem ser considerados como tendo um diagnóstico de TEA. (veja artigo abaixo)
O TEA afeta cerca de uma em 59 crianças segundo as últimas estatísticas dos EUA. Os meninos são diagnosticados cerca de cinco vezes mais do que as meninas. O número de crianças que foram diagnosticadas com autismo vem aumentando desde o início dos anos 90. Este aumento parece ser multifatorial. As pessoas estão mais conscientes do TEA, os pediatras estão fazendo mais atentos ao diagnóstico e fazendo mais triagens, a imprensa tem divulgado muitas informações e as crianças são identificadas mais cedo, o que é uma coisa boa.
Além disso, houve mudanças em como o TEA é definido e diagnosticado. No passado, apenas as crianças com os sintomas mais graves de autismo foram diagnosticadas. Agora as crianças com sintomas mais leves estão sendo identificadas e ajudadas. Cada criança com autismo tem necessidades diferentes. Quanto mais cedo o autismo for identificado, mais cedo um programa de intervenção precoce direcionado aos sintomas da criança pode começar. Veja artigo abaixo.
A Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics – AAP) recomenda que todas as crianças sejam rastreadas para TEA em suas consultas de puericultura entre 18 e 24 meses. Pesquisas mostram que iniciar um programa de intervenção o quanto antes pode melhorar os resultados para muitas crianças com autismo.
Desde 2015 a Fundação José Luiz Egydio Setúbal absorveu a ONG Autismo & Realidade, que hoje representa um dos núcleos do Instituto PENSI e vem trabalhando este tema.