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INCLUSÃO: AS TURMAS QUE TÊM ALUNOS AUTISTAS DEVEM SER MENORES?

Quando o assunto é educação voltada para alunos autistas, pais e mães se veem às voltas com dúvidas referentes à metodologia utilizada em sala de aula, convívio, entre outros aspectos. Mas a questão trazida para este artigo esmiúça a inclusão da criança/adolescente que está incluído no TEA (Transtorno do Espectro Autista), sobretudo à quantidade de pessoas que as turmas devem compor.
Embora pareça uma abordagem sem relevância, é inegável que isto pode refletir direta e indiretamente na fruição do conteúdo passado pelo educador ao aluno. Por isso é importante falarmos sobre este tema.
Em que o tamanho da turma pode influenciar na aprendizagem do aluno autista?
Para respondermos a este questionamento, precisamos traçar uma situação que servirá para elucidar as ideias. Imaginemos uma sala de aula lotada, em que alunos disputam a atenção da professora. Até então uma situação normal para a realidade das escolas brasileiras. É natural que haja uma conversa paralela aqui e acolá, assim como um grupo que consiga acompanhar o conteúdo em detrimento de outros.
A estrutura citada acima faz parte da rotina de milhões de alunos Brasil afora, mas é bem verdade que existem escolas preocupadas com a quantidade de estudantes na mesma turma. Quando há uma pessoa autista entre os colegas, o desafio dos educadores tende a ser maior, pois o conteúdo precisa ser absorvido por ela também.
É inegável que turmas menores podem trazer um acompanhamento muito mais proveitoso ao aluno autista, de forma que a metodologia o atenda de forma efetiva, sem deixar os demais colegas prejudicados.
Por que turmas menores são mais eficazes?
Com uma quantidade reduzida de alunos em sala de aula, a educadora pode ter mais facilidade para responder as dificuldades apresentadas pelos estudantes. Além disso, a parceria entre os alunos pode ser um ingrediente a mais para a segurança do autista, uma vez que seus colegas tendem a estabelecer uma parceria com ele; sem que haja divisões na turma e evitando situações desagradáveis como o bullying, por exemplo.
É verdade, no entanto, que esse cenário torna-se possível em escolas particulares e que nem todos os pais têm condições de arcar com a mensalidade e os demais custos.
O que fazer em escolas públicas então?
Embora seja difícil encontrar, há escolas públicas que promovem iniciativas muito pertinentes quanto à inclusão de alunos autistas em turmas regulares. Com isso, essas instituições devem atuar com a metodologia que se assemelhe às particulares, com educadores e outros profissionais que dão enfoque à adaptação do ensino inclusivo.
Quem deve se adaptar quem?
É inegável que a escola deve se adaptar ao aluno autista, sobretudo se ela promover a inclusão. A metodologia precisa estar compromissada com o ensino do conteúdo a todos os estudantes e os educadores também devem estar alinhados a isso.
Cada caso merece atenção
Considerando que não trabalhamos mais com o conceito de autismo clássico e que o transtorno conta com diferentes graus, é dever dos pais procurar ajuda médica para a avaliação de seus filhos.
Somente com o acompanhamento será possível identificar a situação da criança/adolescente e saber se ele está apto a encarar uma turma escolar.